No dia 1º de abril o evento Mulheres Digitais aconteceu em São Paulo e trouxe as co-fundadoras Nana Lima e Maria Guimarães, das consultorias feministas Think Eva e 65/10, o debate foi moderado por Viviane Duarte, fundadora do portal Plano Feminino. Mas pera aí, consultoria feminina? Pra você ver o tamanho da importância da representação da mulher dentro de uma campanha publicitária. Porque se você acha que demonstrar apoio à causa feminista é apenas colocar a foto de uma mulher na sua campanha pode começar a repensar isso aí.
O Think Eva e 65/10 são dois núcleos de inteligência do feminino que ajudam marcas por meio de consultorias à chegar a realidade das mulheres. Tudo isso por meio de estratégia, conteúdo e educação. O trabalho é conscientizar as marcas e ajudá-las a chegar ao seu objetivo, que é representar a mulher de verdade, e algumas vezes não apenas as mulheres, mas outras inúmeras causas sociais.
A publicidade deixou de ser apenas o desenvolvimento de propagandas que atinjam o maior número de pessoas e que sejam revertidas em vendas. Hoje a publicidade é um meio de combater preconceitos, de levantar bandeiras, de mostrar apoio, e isso não é trabalho social, não é esmola que se dá para ser visto, isso é ideal e valor, e o público consegue ver muito bem quando uma campanha está sendo veiculada apenas por interesse ou obrigação de uma marca.
A Nescau é uma das marcas que veio mudando o seu conceito, com ajuda da consultoria realizada pela 65/10 com o desenvolvimento da campanha #MeninasFortes que incentiva o esporte as meninas, já que um dos maiores apelos da marca é o esporte, mas sempre voltado ao público masculino.
Uma das marcas atendidas pelo Think Eva é a Avon, uma empresa de cosméticos muito conhecida pelo nosso país e que vem realizando um trabalho respeitoso, principalmente na questão da identidade de gênero. Desde 2015 a marca vem criando transformações e levantando debates, com certeza novas discussões irão surgir e movimentar ainda mais seu nome na praça, mais importante que isso, suas campanhas servirão como diálogo dentro desses assuntos, elas serão lembradas, não apenas pelo seu produto, mas pela sua posição social e isso “vende” mais do que qualquer propaganda. O que as pessoas querem é representatividade, sentir-se confortável para poder sobreviver em uma sociedade preconceituosa, e a partir do momento em que uma marca estende a mão e diz “estamos com você, te entendemos e não te julgamos” ela ganha um público fiel, e fidelizar clientes é uma das coisas mais difíceis de se fazer.
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